MEDICINA DENTÁRIA

A cirurgia oral é a especialidade da Medicina Dentária responsável pelas pequenas cirurgias da cavidade oral. As mais frequentessão aextracção dentária, apicectomias, remoção de quistos, remoção de fibromas, cirurgia pré protética (regularização do osso e da gengiva antes da confecção de próteses), entre outros.

É o ramo da Medicina Dentária que lida directamente com a cárie dentária, actuando na área da estética e restauração dentárias. Consiste na restauração e reconstrução de dentes afectados pela cárie dentária, que é a patologia oral mais comum na população.

Consiste  na especialidade da Medicina Dentária responsável pelo estudo da polpa dentária, de todo o sistema de canais radiculares e dos tecidos periapicais, bem como das doenças que os afectam. Em casos de alterações por cárie, fracturas dentárias, trauma dentário, trauma ortodôntico, lesões endo-periodontais, necessidades protéticas e outras patologias endodônticas, o tratamento endodôntico (ou desvitalização) está indicado, visando a manutenção do dente na cavidade oral, e a saúde dos tecidos periapicais.

Branqueamento:

Permite alterar a tonalidade dos dentes. Se tiver manchas nos dentes ou uma tonalidade mais escura no esmalte, pode optar por um branqueamento dentário.

Métodos de branqueamento:
Existem vários métodos disponíveis para branquear os dentes, dos quais destacamos:

• Laser – método mais rápido e revolucionário; é inteiramente feito em consultório, tendo o paciente que permanecer na consulta durante um breve período de 45 minutos. É indicado para os casos em que se pretende obter resultados mais rápidos;

• Gel branqueador – método mais convencional que implica uma cooperação do doente.É feito em duas etapas, branqueando os dentes por maxilar. O método é feito com recurso a moldeiras (realizadas no consultório), as quais suportam o gel branqueador que depois irá actuar nos dentes. Esta terapêutica pode fazer-se comodamente durante a noite enquanto o paciente dorme. Normalmente, em 10 a 12 dias, o paciente consegue um bom resultado final (é conveniente efectuar uma avaliação clínica passados 5 a 6 dias).

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Mas lembre-se que, independentemente, do procedimento que escolher para branquear os dentes, será indispensável fazer uma destartarização antes deste, tal como, aplicação de flúor no final do mesmo.

A radiologia é uma ferramenta de diagnóstico muito valiosa, utilizada no tratamento dos pacientes, que permite a tradução de informação de uma imagem num diagnóstico diferencial específico.

Os tipos de radiografias mais utilizados na Medicina Dentária são:

Ortopantomografia: É uma radiografia panorâmica que permite, através de um procedimento de imagem, a visualização de todo o complexo maxilo-mandibular, dentes, parte do seio maxilar, articulações temporo-mandibulares, fossa nasal, processo estilóide e osso hióide.

Realiza-se com a placa colocada no exterior da boca, utilizando um aparelho giratório (ortopantomografo), que permite ver claramente todos os dentes. É indispensável para o estudo de Ortodontia, Implantologia e Periodontia.

Radiografia apical, oclusal, interproximal: São aquelas em que a placa fotográfica é colocada no interior da boca. Permitem visualizar ao pormenor uma região localizada da boca, abrangendo uma área de menor dimensão.

Telerradiografia Lateral: Indicada para o estudo do crescimento e desenvolvimento, bem como anomalias craniofaciais; avaliação das relações geométricas dento-faciais, identificação de dentes retidos na parte anterior, planeamento de tratamentos ortodonticos, apreciação da sua progressão, e observação das modificações morfológicas após o tratamento.
A sua maior aplicação é na Ortodontia e Cirurgia Ortognática, mas também pode ser bastante útil em Implantologia, em casos de perda de dentes anteriores.

Realiza-se com a placa fotográfica fora da boca e com o aparelho de Raio X situado a grande distância do crânio do paciente.

Tomografia Computorizada (TAC) da maxila e mandíbula – Dentalscan: 
O Dentascan, mostra a forma real e a qualidade das cristas alveolares na proporção de 1:1. Apresenta aquisição volumétrica de 1 mm e cortes parasagitais de 1 mm. Com este exame é enviado um CD que contém as imagens tri-dimensionais, que permite uma visualização das estruturas melhor e mais real.
Este exame está indicado no planeamento de colocação de implantes, assim como na identificação e determinação da extensão de patologias, localização de terceiros molares inferiores inclusos e sua relação com o canal mandibular.

Um implante dentário é uma réplica de uma raíz dentaria, actualmente os mais comuns têm a forma de parafuso rosqueável, são feitos em titânio com um elevado grau de pureza (cerca de 99.98%).

Tempo de colocação de um implante:
Após a anestesia do local receptor do implante, o processo leva em média cerca de 20 minutos.

Sensação do paciente com os implantes na boca:
Os pacientes sujeitos a tratamentos com implantes dentários têm sensações próximas das conferidas por dentes naturais tais como: tamanho, pressão, estética, fonética, segurança.

Possibilidade de rejeição dos implantes:
Não se pode falar em rejeição do implante, mas sim em fracassos, isto porque o material no qual são realizados (titânio) já demonstrou que é biocompatível com o nosso organismo. Actualmente o Fracasso ronda os 2% a 3% e deve-se essencialmente a três factores:

1. Planeamento incorrecto do caso;
2. Má higiene oral;
3. Defeito do implante.

No entanto, regra geral é possível efectuar nova colocação de implante desde que se observem as condições necessárias para tal.

Duração de um implante:
Desde que se verifique a integração óssea do implante e que exista um seguimento do paciente pelo seu médico dentista, os implantes duram para o resto da vida.

Tipo de anestesia para colocar implantes: 
Recorre-se quase sempre a anestesia local tal como a que se utiliza para efectuar uma restauração mais profunda ou outro tratamento dentário básico.

Benefícios da colocação de implantes:

• Tamanho idêntico ao dente natural;
• Fixos;
• Estéticos;
• Permitem a fixação de próteses que anteriormente eram removíveis;
• Dão confiança;
• Impedem que a recessão óssea por ausência dentária evolua rapidamente;
• Resistentes;
• Actualmente permitem reabilitar de imediato a boca, estando prontos a realizar as funções normais de imediato tais como: comer, falar, sorrir sem qualquer problema.
  Em suma melhoram a nossa qualidade de vida.

A Oclusão corresponde ao contacto entre os dentes superiores e inferiores. No entanto, a definição só fica completa quando considerado a relação dinâmica, morfológica e funcional entre todos os componentes do órgão mastigatório, dos quais, os dentes, as estruturas de suporte dos dentes, o sistema neuromuscular, as articulações temporomandibulares e o esqueleto crâniofacial o constituem.

A Articulação Temporomandibular (ATM):

• é a articulação mais complexa do corpo humano: abre e fecha como uma dobradiça e desliza para a frente, para trás e para os lados;
• desliza e roda mesmo à frente do ouvido;
• é formada pelo osso temporal (lado e base do crânio) e pela mandíbula (maxilar inferior).

Os músculos associados à mastigação unem o maxilar inferior ao crânio, permitindo-lhe mover a mandíbula para a frente e para o lado e abrir e fechar a boca.

Durante a mastigação, a ATM é submetida a uma grande pressão, motivo pelo qual contém uma peça cartilaginosa denominada disco, que impede o atrito entre a mandíbula e o crânio.

Os distúrbios da ATM incluem os problemas relacionados às articulações e aos músculos que as circundam.

Este problema afecta duas vezes mais as mulheres do que os homens, sendo a tendência para vir a atingir um número cada vez maior de pacientes.

A dor orofacial crónica não dentária é o sintoma mais comum sendo as queixas mais frequentes, apresentadas pelos doentes, a dor de ouvido, de cabeça e/ou fontes, podendo ser acompanhadas de vertigens, zumbidos ou sensação de surdez; dificuldade e limitação nos movimentos mandibulares e, em casos extremos, o bloqueio da mandíbula com impossibilidade de a fechar.

Por vezes os doentes apercebem-se que apertam ou rangem os dentes, de dia e/ou de noite, levando ao desgaste e sensibilidade dentária – havendo assim uma alteração patológica do contacto entre os dentes superiores e inferiores.

Assim, a consulta de Oclusão e ATM visa o diagnóstico e tratamento dos desequilíbrios funcionais da oclusão e das articulações. O diagnóstico passa pela realização de determinadas questões e análise da sintomatologia apresentada pelo paciente.

Quando detectada precocemente, o alivio de uma história de dor e desconforto associados à disfunção oclusal / articular, pode passar pelo uso de uma Goteira de Relaxamento Ocusal ou simples alterações de hábitos posturais.

Venha fazer a sua consulta de Oclusão e ATM.

Esta área ocupa-se da multidisciplinariedade do envelhecimento oro-facial para melhor tratamento dos pacientes. Avalia a maneira como se sente o idoso com os seus dentes e cavidade oral em geral, como tal aperfeiçoa as estratégias de trabalho com eles.

A Odontopediatria é uma especialidade dentro da Medicina Dentária que oferece aos bebés, crianças e adolescentes um tratamento adequado.

Os objectivos do tratamento dentário em odontopediatria são fundamentalmente preventivos. Uma intervenção precoce familiariza a criança com o ambiente do consultório dentário, deixando-a tranquila e colaborante.

O tratamento dentário em crianças consiste em prevenir:

• dor e infecções orais;
• ocorrência e progressão de cáries;
• perda prematura de dentes;
• diminuição da arcada dentária;
• associação entre medo e tratamento dentário, pois o principal é o bem-estar da criança

A Ortodontia é a área da Medicina Dentária que detecta, previne e corrige o conjunto de anomalias do aparelho mastigatório que impedem uma correcta oclusão dentária.

Problema de mal oclusão:
Os problemas de mal oclusão podem ser hereditários (apinhamento dentário, dentes muito separados, falta ou excesso de dentes) ou adquiridos (chuchar no dedo, perda precoce dos dentes, posicionamento incorrecto da língua, respiração deficiente, etc…).

Ter “dentes tortos”, que não encaixam bem uns nos outros, não é somente inestético, mas é, de facto, problemático para a saúde dos dentes e das gengivas, bem como da aparência do rosto, e da articulação têmporo-mandibular, entre outros.

Se os problemas ortodônticos não forem tratados…

Dentes mal posicionados podem facilitar o aparecimento de cáries e de doença gengival devido a uma maior dificuldade de higienização dos dentes quando eles não estão bem alinhados. Dentes protruídos (dentes para frente) são mais susceptíveis a traumas e fracturas. Dentes desalinhados ou uma face afectada pela má oclusão podem prejudicar a auto-estima do indivíduo. Perda de osso em volta dos dentes, dores musculares na face e outros problemas funcionais podem também ocorrer devido à falta de tratamento ortodôntico.

A melhor idade para uma consulta com o Ortodontista…
O tratamento ortodôntico apresenta melhores resultados quando efectuado mais cedo, ou seja, no caso de um diagnóstico precoce e tratamento na infância e adolescência. Isto porque aproveita as forças de crescimento ósseo para ajudar o movimento dentário. A fase mais indicada para a primeira consulta de Ortodontia, é no início da substituição dos dentes de leite pelos dentes permanentes, ou seja na fase de dentição mista.

Aparelho fixo vs aparelho removível…
Na realidade não se pode falar de vantagens entre aparelhos removíveis e fixos, o que existem são situações em que se usam aparelhos fixos e outras aparelhos removíveis. Basicamente, depende do caso. Os dois tipos de aparelho funcionam bem desde que bem indicados.

Tempo de um tratamento ortodôntico…

Depende muito de cada caso. Factores como severidade do problema, tipo de crescimento da face, idade e nível de cooperação do paciente, interferem no tempo de tratamento. Tratamentos mais simples como correcção de mordidas cruzadas em crianças ou pequenos movimentos dentários em adultos duram aproximadamente 6 meses. A maioria dos tratamentos com aparelho fixo em adolescentes dura aproximadamente 24 meses.

Factores influenciáveis no sucesso terapêutico: 

Para o sucesso da terapia, o paciente deverá empenhar-se em:

• comparecer às consultas marcadas;
• manter uma boa higiene oral;
• usar eventuais aparelhos removíveis, respeitando os tempos e as instruções aconselhadas;
• comunicar imediatamente eventuais variações do aparelho
• seguir escrupulosamente a fase de contenção, que se destina a manter os dentes na posição desejada após a remoção do aparelho.

Doenca Periodontal:

Afecta a cavidade oral e caracteriza-se basicamente pela inflamação das gengivas – gengivite. Uma vez instalada, esta pode evoluir para uma periodontite que consiste na inflamação e infecção não só da gengiva, mas também do ligamento e do osso que suportam o dente.

Gengivite

A gengivite apresenta os seguintes sintomas:

• Gengivas frágeis, vermelhas ou inchadas;
• Gengivas que sangram ao escovar ou passar fio dentário.

Tratamento:

• Higienização no consultório dentário;
• Manutencao de uma boa higiene oral em casa com escova e fio dentário.

Periodontite

A periodontite apresenta os seguintes sintomas:

• Acumulação de placa bacteriana (película incolor e aderente que se forma nos dentes constituída por bactérias que provocam a inflamação e infecção);
• O ligamento do dente e o osso ficam danificados;
• As gengivas começam a regredir e a “descolar-se” dos dentes o que permite que a placa bacteriana avance para as raízes;
• Mau hálito.

Tratamento:

• Destartarização e curetagem infragengival no consultório dentário;
• Cuidados redobrados de higiene oral;
• Controlo periódico no consultório dentário.

A prevenção deve ocorrer desde o aparecimento do primeiro dente e deve ser contínua. Traduz-se por uma correcta higienização, uma dieta saudável, pela selagem dos sulcos dos molares logo após a sua erupção, que ocorre ainda durante a infância (por volta dos 6 anos), pela aplicação de flúor tópico (sob a forma de verniz ou gel) e pela visita periódica ao médico-dentista. A periodicidade ideal é de 6 meses, mas não convém ultrapassar uma ano.

Trata-se da área da Medicina Dentária que se ocupa das próteses que são facilmente colocadas e removidas pelo indivíduo portador, sem que haja a necessidade de intervenção do médico dentista. Apoiam-se directamente na gengiva ou nos dentes, permitindo a substituição de dentes perdidos a custo reduzido e de forma simples.

Trata-se de uma estrutura fixa aos dentes  que só poderá ser removida pelo médico dentista, caso haja essa necessidade. Neste tipo de prótese, existem as coroas e as pontes. As primeiras consistem em dentes artificiais fixos, bastante resistentes, sobre a estrutura tratada de dentes naturais, tornando possível a preservação de dentes muito destruídos. As pontes estão indicadas em casos em que haja ausência de um ou mais dentes, fixando-se um ou mais dentes artificiais aos dentes adjacentes, sendo também estes tratados para o efeito. Estes tipos de tratamento destacam-se por serem seguros, resistentes e possibilitam um resultado estético bastante elevado.